Jogar bonito ou ser campeão? Eis a questão para a torcida do Cruzeiro
Foto: Vinnicius Silva / Cruzeiro |
Futebol arte ou futebol de
resultado? Eis a questão para a torcida cruzeirense.
Provavelmente, a maioria dos
torcedores irá responder que prefere um equilíbrio entre as duas coisas: jogar
bonito e conseguir bons resultados.
Infelizmente, nem sempre isso é
possível. Por diversas vezes, já vimos times muito bons no papel fracassarem
nos momentos decisivos, enquanto times com poucos jogadores famosos, mas com
uma boa consistência tática, muita raça e disposição, chegaram a feitos
históricos.
O Cruzeiro já passou por tudo isso;
conquistas com times que jogavam para frente e com times que jogavam pelo
resultado.
A trajetória para o bicampeonato
da Libertadores, em 1997, é um bom exemplo. Era um time considerado “operário”,
mas com muita disposição. A campanha toda mostrou isso; a recuperação após 3
derrotas na fase de grupos, classificações na base do sufoco, em disputas de
pênaltis, na raça. Na decisão, um 1x0 bem sofrido, mas muito comemorado.
Já em 2013/2014, o time do
Cruzeiro era excelente, considerado por muitos como um dos melhores dos últimos
tempos, e ganhou o bicampeonato brasileiro, com sobras. Nas competições de
mata-mata, por outro lado, poderia ter conquistado algum título, pela qualidade
do elenco.
E o título da Copa do Brasil em
1996? Contra todo o favoritismo do adversário, já considerado, por grande parte
da imprensa esportiva, como campeão naquele ano. Mesmo após um empate dentro do
Mineirão, uma vitória histórica por 2x1, dentro do Parque Antártica.
Em outras conquistas importantes,
com times que apresentavam um futebol do jeito que a torcida celeste gosta,
podemos citar a Taça Brasil de 1966 e os títulos da Tríplice Coroa, em 2003, além daquele título sensacional em 2000.
Mas isso é o futebol. Não há uma
fórmula líquida e certa para o sucesso. Um grande time no papel pode acabar sem
títulos, enquanto um time nem tão favorito desponta para as grandes conquistas
e faz história. Quem não se lembra do “Barcelona das Américas”, em 2011? Uma fase de grupos impiedosa, sem dar chance para os adversários e uma eliminação inacreditável na Arena do Jacaré, para o Once Caldas.
O Cruzeiro de Mano Menezes,
principalmente em 2017 e 2018, vive esse dilema. Muitos torcedores criticam a
forma de jogar do time celeste, nas mãos de seu atual treinador; um jogo que
privilegia a solidez defensiva, primeiramente, para depois procurar o ataque. No
entanto, esse mesmo estilo de jogo nos proporcionou duas grandes conquistas: o
bicampeonato consecutivo (e inédito) da Copa do Brasil. Gostemos ou não, é um feito e tanto e merece
ser comemorado bastante.
Em alguns momentos, talvez as
críticas sejam justificáveis, principalmente pela qualidade dos jogadores
disponíveis no elenco. Apesar de alguns jogadores reservas não serem tão bons
como imaginamos no começo do ano, o time considerado titular é, sim, muito bom; basta querer jogar. Não são muitos os jogos em que o Cruzeiro apresenta um futebol vistoso, que
agrada grande parte da torcida. Mas, de maneira geral, os resultados são
consistentes.
Em 2018, o time do Cruzeiro perdeu
o foco no Campeonato Brasileiro; isso não é novidade para ninguém. Inevitavelmente,
seria preciso priorizar competições, com esse calendário maluco da CBF, em que
nem as datas FIFA são respeitadas. Além disso, não é fácil competir com a
disparidade financeira com o eixo Rio-São Paulo. A prioridade era o tri da
Libertadores e o hexa da Copa do Brasil. Fato. Não dá para disputar 3
competições simultâneas e em alta intensidade. Não dá para ganhar tudo. Uma Tríplice Coroa não acontece todo ano.
Para 2019, a conquista da América
deve ser, novamente, o objetivo da vez. Que saibamos apoiar como feito neste
ano, cobrar quando preciso, e que já entendamos, desde cedo, que não entraremos
para ganhar todas as competições.
Agora me digam, o que vocês
preferem: o futebol arte ou o futebol de resultado? Ser campeão com um futebol
burocrático, ou apresentar o melhor futebol do Brasil e fechar uma temporada
sem títulos importantes?
Entre jogar bonito ou jogar um
futebol burocrático, eu ainda prefiro ser campeão (mesmo que soframos tanto com
esse futebol de resultado)!!
Dá para jogar um futebol melhor?
Diria que sim, sem dúvidas. Pode ser que até Mano Menezes pense assim também.
Só que, no final das contas, são
as grandes conquistas que importam de verdade. Encher a nossa sala de troféus
com títulos relevantes e históricos é o que interessa. Essa é a sina do
Cruzeiro Esporte Clube.
Para cima deles, Cruzeiro!
Eu particularmente prefiro ser campeão jogando pra frente! Os times campeões no estilo Mano sempre serão lembrados, mas não igual aos times estilo 66/76/03/13/14!
ResponderExcluirMesmo preferindo assistir equipes que jogam pra frente, com um futebol vistoso, havilodoha, o que importa no final das contas é ser campeão, é isso que fica para a história.
ResponderExcluirEu tb prefiro futebol bonito e títulos. Mas se não der para ser os dois, que seja títulos.....
ResponderExcluirPrefiro os dois juntos,mas ganhar troféus é definitivamente o mais importante.
ResponderExcluirO que paga as contas e mantém um clube sólido e vencedor, são as conquistas e não importa como elas vieram...
ResponderExcluirTreinadores e jogadores também gostariam de vencer jogando bonito, mas nem sempre as coisas são do jeito que desejamos.
Essa coisa de jogar pra frente, só existe em matéria de jornais. Afinal o que é jogar bonito?
Vou citar um exemplo: No jogo da Copa do Brasil contra o Santos, Mano colocou Raniel de meia, articulando as jogadas. O locutor, o comentaristas é o treinador santista, até hoje não perceberam a estratégia do treinador cruzeirense. Isso é bonito no futebol é olha que eu nem conheço nada de tática.
Thiago belo comentario. Particulamente sou um romantico torcedor do futebo arte. Para ter ideia perdemos a Copa do Mundo de 82, mas fiquei feliz, ganhamoa Copa de 94 nao comemirei.
ResponderExcluirCom certeza ser campeão é mais importante! Um time de futebol não sobrevive simplesmente com o chamado futebol arte. No início da década passada o São Caetano era tido como o time que jogava o futebol mais bonito do país e cedia muitos jogadores à seleção. Chegou na final de uma libertadores e 02 brasileiros, perdeu todos. Resultado, virou chacota e hoje é ignorado pela imprensa. Se tivesse vencido, a história seria diferente
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