Jamais duvide de La Bestia Negra!
Costumo dizer que sou um Cruzeirense nato e hereditário. Torcer para o Cruzeiro é muito mais que simples opção, é uma tradição familiar, algo como uma doce sina que vai muito além do sangue, está impresso na alma.
Desde criança me encantava com aquela camisa azul com 5 estrelas que ganhei do meu pai, quando tinha apenas 6 anos de idade. Aos 10 anos comecei a entender e acompanhar futebol. Morava em Formiga e de lá, ainda que pelo rádio, TV ou jornais acompanhava as notícias do Maior de Minas com divertida curiosidade.
O primeiro atleticano que brinquei foi meu tio Wander, vizinho de casa, depois da vitória do Cruzeiro sobre o Atlético-MG, na final de 1990. Gol do Careca. Inesquecível. Meu tio é uma das poucas ovelhas desgarradas da família que resolveu sofrer na vida futebolística.
E curiosamente foi na casa deste mesmo tio onde tive o primeiro contato com La Bestia Negra. Em 1991, muito antes do advento da TV a cabo ou mesmo da Parabólica, o sinal de TV da minha casa era péssimo. Então, eu e meu pai Francisco invadimos a casa dele (consentidamente, diga-se) para assistir à final da Supercopa daquele ano, contra o River Plate da Argentina.
Na primeira partida, os argentinos venceram por 2 a 0. O Cruzeiro foi amplamente criticado pela imprensa. Lembro-me bem que o Osvaldo Faria chegou a chamar os nossos guerreiros de pipoqueiros. Sim, essa implicância existe desde sempre.
O Mineirão estava lotado! Ah como eu queria estar lá. Mas meu pai jamais permitiria, pois tinha medo - não sei de quê.
O Cruzeiro precisava mais que vencer, de golear o forte time do River, campeão argentino. Muitos duvidavam da capacidade e até da raça dos nossos Guerreiros, menos eu. Talvez por entender pouco futebol, ou por já entender a mística da camisa celeste aprendida de maneira sensitiva.
O Escrete Celeste jogou MUITO, jogou com alma, com a garra atávica de quem veste a nossa camisa. Ademir abriu o marcador no primeiro tempo e Mário Tilico marcou o segundo. O resultado nos levaria para os pênaltis. Quando Charles, o Rei Charles, arrancou pela direita, se desvencilhou da marcação e rolou para Tilico marcar o terceiro e fazer o Mineirão vir abaixo.
A torcida invadiu o campo para comemorar aquele título marcado pela raça, pela superação. Eu, na casa do meu tio, vibrava abraçado a meu pai, com a alegria de ver minha convicção se afirmando. Desde então, jamais duvidei do Cruzeiro e discordei de quem ousasse nutrir esta dúvida.
Que nesta quinta-feira, ao vestir o Sacrossanto Manto Celeste, cada um dos nossos Guerreiros se imbua da garra dos nossos Guerreiros de 1991. Sejam mais Ademir, mais Tílico, mais Charles. Não apenas para esta partida, mas para o restante da Libertadores.
ARROMBA, ZEIRÃO!!!
Relembre os gols daquele jogão:
Fonte: ttp://t.co/o6xf2OhL8H
Desde criança me encantava com aquela camisa azul com 5 estrelas que ganhei do meu pai, quando tinha apenas 6 anos de idade. Aos 10 anos comecei a entender e acompanhar futebol. Morava em Formiga e de lá, ainda que pelo rádio, TV ou jornais acompanhava as notícias do Maior de Minas com divertida curiosidade.
O primeiro atleticano que brinquei foi meu tio Wander, vizinho de casa, depois da vitória do Cruzeiro sobre o Atlético-MG, na final de 1990. Gol do Careca. Inesquecível. Meu tio é uma das poucas ovelhas desgarradas da família que resolveu sofrer na vida futebolística.
E curiosamente foi na casa deste mesmo tio onde tive o primeiro contato com La Bestia Negra. Em 1991, muito antes do advento da TV a cabo ou mesmo da Parabólica, o sinal de TV da minha casa era péssimo. Então, eu e meu pai Francisco invadimos a casa dele (consentidamente, diga-se) para assistir à final da Supercopa daquele ano, contra o River Plate da Argentina.
Na primeira partida, os argentinos venceram por 2 a 0. O Cruzeiro foi amplamente criticado pela imprensa. Lembro-me bem que o Osvaldo Faria chegou a chamar os nossos guerreiros de pipoqueiros. Sim, essa implicância existe desde sempre.
O Mineirão estava lotado! Ah como eu queria estar lá. Mas meu pai jamais permitiria, pois tinha medo - não sei de quê.
O Cruzeiro precisava mais que vencer, de golear o forte time do River, campeão argentino. Muitos duvidavam da capacidade e até da raça dos nossos Guerreiros, menos eu. Talvez por entender pouco futebol, ou por já entender a mística da camisa celeste aprendida de maneira sensitiva.
O Escrete Celeste jogou MUITO, jogou com alma, com a garra atávica de quem veste a nossa camisa. Ademir abriu o marcador no primeiro tempo e Mário Tilico marcou o segundo. O resultado nos levaria para os pênaltis. Quando Charles, o Rei Charles, arrancou pela direita, se desvencilhou da marcação e rolou para Tilico marcar o terceiro e fazer o Mineirão vir abaixo.
A torcida invadiu o campo para comemorar aquele título marcado pela raça, pela superação. Eu, na casa do meu tio, vibrava abraçado a meu pai, com a alegria de ver minha convicção se afirmando. Desde então, jamais duvidei do Cruzeiro e discordei de quem ousasse nutrir esta dúvida.
Que nesta quinta-feira, ao vestir o Sacrossanto Manto Celeste, cada um dos nossos Guerreiros se imbua da garra dos nossos Guerreiros de 1991. Sejam mais Ademir, mais Tílico, mais Charles. Não apenas para esta partida, mas para o restante da Libertadores.
ARROMBA, ZEIRÃO!!!
Relembre os gols daquele jogão:
Fonte: ttp://t.co/o6xf2OhL8H
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