Cruzeiro x Villa Nova: um confronto marcado na história
Foto: Washington Alves/Estado de Minas - 24/02/1997 |
Cruzeiro x Villa Nova. Campeonato
Mineiro. Mineirão. A primeira coisa que me vem à cabeça é o histórico jogo
decisivo do campeonato em 1997.
Para chegar ao interior do
estádio, o visual era bem diferente do que temos nos dias de hoje. O
estacionamento era todo a céu aberto e comportava uma quantidade bem maior de
carros; no meio dos barrancos, umas escadas improvisadas para o acesso à antiga
esplanada. Em dias de chuva, muitas vezes era inevitável levar um tombo naquele
barro e na grama escorregadia.
No entorno do estádio, várias
barraquinhas, com feijão tropeiro, churrasquinho e aqueles sanduíches bem recheados,
além de uma grande quantidade de camisas não-oficiais, bandeiras, faixas e
vários outros acessórios. Os portões de entrada também eram bem peculiares.
Quem não se lembra de entrar pelo portão 3 ou 6 ou pelo 7A? No lugar das
cadeiras que temos hoje, o concreto das arquibancadas superior e inferior ou
ficar em pé na geral. Cadeiras numeradas eram poucas e bem restritas.
Dentro do campo, não havia telão,
mas um placar eletrônico analógico, com uma animação bem engraçada quando saía
um gol, a cerveja era liberada e altamente consumida e o bordão “Ademg informa”
ficou bem famoso.
Era 22 de Junho de 1997. À época,
eu já ia a alguns jogos com o meu pai e entrava em campo com os jogadores.
Naquele jogo, especificamente, por ser uma final de campeonato, a minha
ansiedade era muito grande. Durante a semana, a expectativa era de um público
realmente bem expressivo, mas acredito que não imaginavam que ultrapassaria a
casa das 100 mil pessoas. No final, foram 132.834 pessoas presentes no
Mineirão. Recorde absoluto da nossa casa.
Como cheguei mais cedo ao
estádio, ainda não tive a real noção da quantidade de pessoas que ali estava
naquele dia. Só percebi, de verdade, quando entrei em campo e vi a nossa imensa
torcida, entoando cânticos e gritando o seu apoio. É algo que jamais irei
esquecer. Nunca tinha presenciado tantas pessoas em um mesmo lugar e com toda
aquela empolgação. Se era algo incrível para mim, apenas um torcedor, imagine
para os jogadores. Acredito que foi um momento inesquecível para eles também.
Logo que voltei para o lugar em que
meu pai estava, a multidão era tanta que não conseguimos voltar para a
arquibancada superior; as pessoas se amontoavam até na escadaria de acesso.
Então, fomos à arquibancada inferior e, com muito custo, encontramos um lugar
para tentar ver o jogo. Foi a primeira vez que percebi o Mineirão balançando.
Em certos momentos, eu olhava para cima e parecia que a arquibancada superior
chegaria à minha cabeça.
Confesso que não me lembro de
nenhum lance da partida, a não ser o momento do gol. O motivo: não consegui
assistir nada. Eram tantas pessoas na minha frente, e eu ainda criança, que não
dava pra ver o gramado, muito menos quando Marcelo Ramos deixou a sua marca.
Ainda assim, comemorei muito e pulei junto da torcida, entrei no meio da
empolgação. O gol, de verdade, só vi no dia seguinte, na televisão.
Meu pai chegou em casa com os
braços bem doloridos, de tanta pancada que levou para me proteger. Mesmo assim,
com a felicidade estampada no rosto, pelo título conquistado e por saber que
dificilmente voltaríamos a ver o Mineirão tão cheio e com uma festa tão grande.
Os tempos são outros, realmente;
o Mineirão “encolheu” e não comporta tanto público quanto antes. Muito da
experiência de ir ao estádio também mudou. O jogo deste sábado não é uma final
de campeonato, mas não deixa de ter a sua importância: estamos em reta final de
preparação para a Libertadores. Até a nossa estréia, contra o Racing, serão
mais dois jogos, contando com esse, contra o Villa Nova. Vamos aproveitar as
lembranças deste jogo memorável de 1997 para fazer mais uma bela festa, colocar
mais um grande público em nossa casa e apoiar o time para conquistar mais uma vitória. Quem sabe não tenhamos mais um jogo marcado na história.
Ah, ser Cruzeiro é
bom demais!
kkkkkkkkkkkkkkkkk o anão azul é um nanico,menorrrrrrrrrrr de minas,só se for isso,que piada
ResponderExcluirVai tomando chupa galo
ExcluirObrigado por prestigiar e aumentar a nossa audiência. Volte sempre, quando tiver vontade de conhecer a história de um time campeão. Se quiser continuar a ver um time de segunda, azar o seu. Você tem a opção de escolher ser campeão ou ser trouxa e, pelo visto, escolheu a segunda opção. Mas pode voltar aqui, comentar e dar mais ibope para o Maior de Minas. Só mostra o quanto incomodamos vocês. Um abraço
ResponderExcluirÉ Diego Sales poderia ter dormido sem esta bambuzada, se tivesse ficado calado!
ResponderExcluir