Tem uma Conmebol no caminho para o tri do Cruzeiro
Foto: Vinnicius Silva / Cruzeiro |
2018. Quartas de final da Copa
Libertadores. O primeiro duelo entre Cruzeiro e Boca Juniors ficou marcado pela
esdrúxula expulsão do zagueiro Dedé, validada pelo árbitro de vídeo, após uma
disputa na área com o goleiro adversário. No jogo de volta, com a necessidade
de reverter um placar adverso, novamente o VAR nos prejudica, com um gol mal
anulado, uma arbitragem tendenciosa, aquele gol perdido pelo Raniel; uma
eliminação até hoje muito contestada e lamentada.
Fora os erros graves de arbitragem
contra O Maior de Minas, a última edição da Libertadores ficou marcada pelo
favorecimento aos times argentinos também fora de campo, com a questão dos
jogadores escalados irregularmente por River e Boca, sem a devida punição. Já para
o clube brasileiro, Santos, a pena foi severa e transformou um empate em uma
derrota por 3x0. Dois pesos, duas medidas.
Para coroar tamanha competência
da entidade máxima do futebol da América do Sul, os fatídicos eventos ocorridos
próximo ao Monumental de Nuñez, antes do segundo confronto da finalíssima da
Libertadores, levaram a decisão para outro país; algo inimaginável e surreal.
Pela primeira vez na história, um jogo válido pelo maior torneio do continente americano
foi disputado em outro continente.
E, como se isso não bastasse,
nossa querida Conmebol continuou a nos premiar com sua enorme competência. Já
no começo da competição, uma nova punição por escalação de jogador irregular,
desta vez para o Barcelona de Guayaquil. Logo depois, a informação de mais problemas
com inscrições de jogadores de mais de 20 clubes, tanto na Libertadores quanto
na Sulamericana. No entanto, as punições para esses casos foram bem mais
brandas.
Uma das novidades anunciadas para
as futuras edições da Libertadores foi a final com jogo único, em sede definida
previamente. Para a edição de 2019, o campeão será conhecido no final do ano,
em Santiago, no Chile.
Essa mudança mostra a intenção da
Conmebol em transformar o futebol sul-americano em europeu, sem levar em
consideração as dimensões do nosso continente, a precariedade do transporte entre
os países e a dificuldade para os torcedores comparecerem à um jogo importante,
além de toda a tradição e cultura daqui. Pode ser que funcione, mas é algo que não
agradou a maioria.
Outra situação já divulgada foi a
aquisição dos direitos de transmissão de algumas partidas pelo Facebook. Assim,
todas as partidas disputadas às quintas-feiras serão transmitidas diretamente
nas páginas dos clubes nessa rede social.
Inclusive, a primeira partida do
Cruzeiro, no dia 07/03, terá transmissão exclusiva no Facebook. É a modernidade
que chegou para ficar ou algo feito sem pensar na nossa realidade? Como fica
aquele torcedor sem acesso fácil à internet ou sem conhecimento sobre streaming?
No entanto, o pior ainda estava
por vir. Durante esta semana, a Conmebol divulgou algumas regras para os clubes,
seus torcedores, e todos os envolvidos de alguma maneira com o jogo de futebol.
Com isso, fica proibido, por exemplo, a chamada “Rua de Fogo”, na qual os
torcedores recebem o ônibus do time com sinalizadores, além de shows pirotécnicos
ou de luzes dentro do estádio.
Além disso, há restrições quanto
ao tamanho de bandeiras e à torcedores embriagados. Ou seja, nada de bandeirão
e nada de bebida alcóolica antes e durante as partidas. No caso de desrespeito
a alguma das determinações da Conmebol, o clube poderá ser punido.
Para um futuro próximo, há a
sugestão de proibir que os torcedores fiquem de pé durante o jogo.
Ou seja, para a Conmebol o
importante é não deixar as pessoas torcerem e se divertirem. Tudo está proibido
e nada é feito em prol daqueles que pagam para comparecer aos jogos e apoiar o
seu time de coração. Provavelmente, a próxima proposta será a de proibir o
torcedor de comparecer ao estádio. Eles querem que fiquemos em casa.
No entanto, precisamos deixar esse
rancor de lado; esquecer dos problemas de 2018 e saber que a caminhada para um
título mundial passa pela conquista da Libertadores. A rota para o tri da América
não será fácil. Além dos desafios dentro de campo, precisamos conviver com a
falta de organização da Conmebol; a incompetência do quadro de arbitragem, os problemas
com o VAR, os gramados de péssima qualidade e os estádios precários em alguns
países; quem sabe, até a complicada altitude.
Nada disso pode servir de desculpa.
Que os erros do passado sejam um aprendizado para o sucesso neste ano. O nosso elenco
é experiente. O nosso técnico é experiente (ainda que teimoso). Mesmo com um futebol
ainda deixando a desejar, fica a esperança de que o começo da Libertadores sirva
para motivar esses jogadores a mostrarem o seu verdadeiro futebol e a trazer
essa conquista tão esperada para casa.
Talvez a Libertadores não seja mais
a mesma, mas não importa. Em 2019, pode vir qualquer adversário, o árbitro de vídeo
ou a conivência da Conmebol. Só queremos ver, novamente, o Cruzeiro alcançando a
glória com o título da Libertadores.
E vocês, o que acham da Conmebol,
suas decisões e mudanças para o grande torneio continental? Estão na
expectativa para o começo da Libertadores? Estão confiantes no nosso time?
Para cima deles, Cruzeiro.
Só acho q se os times brasileiros n tomarem uma atitude radical como n participar da libertadores como protesto a Conmebol irá continuar cm essa corvadia bando de incompetentes...pq se todos clubes brasileiros dexar d participar até o lixo da Conmebol rever essas decisões será um prejuízo enorme para competição sem falar q libertadores n é libertadores sem os clubes brasileiros.
ResponderExcluir