A esperança fica por conta da camisa e do retrospecto de nunca ter caído!
Bruno Haddad/Cruzeiro |
O tempo para reagir está acabando e os resultados não acontecem. A cada partida, a mesma lamentação por não conseguir a vitória. Os detalhes que fizeram a diferença para não vencer é que se alteram. Desta vez, um gol anulado pelo VAR, gols perdidos nos primeiros minutos e a retirada do cartão vermelho para o volante do Fluminense. Quando chuta bem, bate no travessão. Quando marca, anula. É a fase tenebrosa de quem é assombrado pelo rebaixamento.
O Cruzeiro conquistou 21 pontos em 24 jogos. Se tivesse empatado todos os jogos, teria uma pontuação maior até aqui. Campanha absolutamente vexatória de uma equipe que não tem repertório e que depende de bolas alçadas na área para triunfar nas partidas. São 4 vitórias, 9 empates e 11 derrotas. Os números da campanha explicam a décima oitava colocação na tabela.
Enquanto o torcedor sofre e mal consegue pensar em outra coisa, os dirigentes do Cruzeiro não dão as caras. Postura vergonhosa de quem deveria gerir o clube e não estancar a sangria de um time tão vitorioso como o Cruzeiro. A bagunça generalizada se deve à omissão dos diretores e ao comprometimento imperceptível dos jogadores em grande parte dos confrontos no Brasileiro. Depois que o caldo desandou de vez, fica cada vez mais complicado tentar fazer um "milagre". A esperança fica por conta da camisa e do retrospecto de nunca ter caído para a Série B, já que o futebol é sofrível e patético.
Até acredito que tem faltado sorte em diversos momentos, mas é injustiça não dizer que o atual Cruzeiro é extremamente incompetente. Em todos os sentidos! Contratações com custo-benefício bem abaixo do esperado, crescimento exorbitante das dívidas, antecipamento das cotas de TV dos próximos anos, desempenho e estatísticas terríveis no Brasileirão tendo em vista um dos elencos mais caros do país. Nas arquibancadas, para piorar a situação, há conflitos entre torcidas organizadas e o "torcedor comum" nem sabe se compensa ir ao estádio. O Mineirão se tornou uma Praça de Guerra. Tudo é imensamente triste e melancólico.
No futebol, nada é impossível, mas o momento do clube exige bastante empenho, competência, criatividade e, principalmente, resultado. Se não der na técnica, tem que ser na raça. Se não for na raça, tem que arrumar qualquer outra alternativa para somar os pontos necessários para a manutenção na Primeira Divisão. Só os 3 pontos interessam. O torcedor não vai desistir. Cabe aos jogadores tirar a instituição do fundo do poço antes que seja tarde demais.
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