A voz do torcedor do Cruzeiro nunca se fez tão importante

Foto: Staff Images/Cruzeiro

A nação azul observa, com atenção, os fatos que se desdobraram recentemente, com uma tentativa de mudança de um dos maiores símbolos que o Cruzeirense leva contigo diariamente. Esta mudança do novo Raposão desagradou à maioria massacrante da torcida, que se revoltou, não somente pelo simples fato da nova aparência desagradar, mas também, por deixar evidências de como a voz, e a opinião do torcedor, não vem sendo um pilar importante para a gestão atual do clube.

O torcedor reconhece os esforços e a 'nova cara' que o clube está tendo, principalmente após anos e anos sofrendo nas mãos de más gestões, sabendo como a chegada de Ronaldo Fenômeno e seus colaboradores vem construindo bons frutos, como foi com o acesso e o título da Série B. Entretanto, simultaneamente, o cruzeirense nunca abrirá mão (e nem deve) de seu jeito de lutar pelas suas identidades, e pelo clube que tanto amamos, e por isso, a opinião sobre o atual momento do clube e a falta de mudanças, nunca se fez tão essencial como agora.

Se aprofundando sobre os assuntos, o mais recente deles, foi o nosso Mascote, o Raposão e a sua mudança ocorreu de uma maneira brusca por parte do departamento de marketing, sem sequer ocorrer uma consulta geral, ou qualquer outro tipo de opinião direta do torcedor, sobre o que esta mudança poderia ocasionar. O Raposão é um símbolo importante, por mais que haja quem ainda veja como 'simples mascote', representa uma nação de pessoas, e a sua mudança (ou não) precisa vir com transparência, e a consulta ao torcedor pelo clube é muito importante.

Foto: Staff images/Cruzeiro

Uma mudança que ocorre principalmente quando o momento dentro de campo, ainda deixa inseguranças, e não deixa boas impressões sobre o Campeonato Brasileiro, mesmo cientes sobre a meta da permanência na elite. A saída do técnico Paulo Pezzolano surpreendeu a todos, em especial, por ser algo já prescrito, e com um começo de planejamento com o treinador que todos acharam que seria o comandante para a elite, o que demonstrou despreparo da gestão, em fazer um laboratório, mesmo ciente que o projeto seria com outra pessoa.

Por outro lado, o novo comandante Pepa surpreendeu o torcedor, trouxe confiança com suas primeiras impressões, querendo crescer as metas para a temporada. Perante o desafio de entrosar a equipe, e encaixar as carências nos mais diversos setores em campo, o torcedor segue monitorando o elenco atual, e não medirá esforços em cobrar por novas peças no elenco, obviamente, cientes da atual situação financeira, mas sabendo que mesmo neste cenário, é possível buscar sem fazer loucuras.

Fora o mascote e o elenco, uma coisa que estamos cansados de insistir por mudanças, está no programa do Sócio 5 Estrelas. Desde o último jogo da temporada 2022, vimos uma queda de mais de 10mil associados. As atuais categorias e como as vantagens são colocadas, dificultam a qualidade do programa, através dos descontos desproporcionais dos ingressos, a mudança de estádio (mesmo sabendo sobre a batalha entre Cruzeiro e Minas Arena), o fim das categorias 'cativas' e a falta de valorização do torcedor, desagrada a todos.

O Cruzeirense não deseja ser visto apenas como simples contribuinte do clube, o torcedor esteve carregando as cinco estrelas nos seus mais diversos momentos, em especial, no tempo fora da elite do Brasileirão, e a reflexão desta valorização precisa estar estampado no programa de sócio-torcedor. Por isso, a torcida não deixa de clamar por mudanças, que, misteriosamente, não está ocorrendo desde o fim do ano, quando se falava em reformulações.

Bom, e assim vamos seguindo adiante, a voz de quem veste o manto celeste nunca deve se calar, independente se seja positivo, ou principalmente negativo, associado a cobranças sobre situações ruins. O torcedor deve seguir de olho, apoiando em todo momento, e empurrando nosso clube, mas nunca deixando de construir seu senso crítico, na linha de frente pedindo mudanças, e lutando por um Cruzeiro mais forte.

Seguimos em frente!