Foto: Staff Images/Cruzeiro
O empate diante do Flamengo, no Maracanã, demonstrou dois cenários diferentes do elenco celeste em campo. A atuação da primeira etapa mostrou um time que se apagou perante o domínio flamenguista, que ainda sentia ausências dos desfalques em campo. Já o segundo tempo, mesmo sem a vitória, o Cruzeiro se reorganizou, principalmente com a entrada de Mateus Vital que estava lesionado, se portando com mais atitude em jogo.
A partida no Rio deixou um gosto de 'pontos perdidos', ao mesmo tempo que reafirmou como o Cruzeiro pode ser um time competitivo, algo que se tornou discurso 'pilar' de Ronaldo Fenômeno para o Campeonato Brasileiro.
Se compararmos com a péssima atuação na derrota para o Cuiabá, a Raposa sentiu com os desfalques em Sete Lagoas, criando certas dependências de algumas peças em campo. É o caso de Vital, que mostrou como o setor meio-campista se impõe, junto ao ataque, de outra maneira em campo, o que foi visto diante do Flamengo. Além disso, entre os volantes, o time ainda sente falta de Richard, afastado por suspeita de manipulação de resultados quando jogava pelo Ceará.
Um bom ataque fica em conjunto com esta construção do meio-campo, entretanto, a dupla Gilberto e Bruno Rodrigues vêm caindo de produção nas últimas partidas, e a possível peça de reposição como centro-avante, com o atleta Henrique Dourado, ainda não vinga como poderia ser esperado pela torcida. Por outro lado, pelos cantos, o maior aproveitamento de Pepa pelo garoto Stênio, pode ser um sinal para melhorar a intensidade de ataque, ainda que não venha como titular.
O atual setor que ainda vem conseguindo certa estabilidade, mesmo com a desconfiança do torcedor no ar, se trata do setor defensivo, onde os zagueiros Oliveira e Castán estão fechando bem os espaços contra os adversários e diminuindo as falhas. Além dos zagueiros, os laterais Marlon e Willian demonstram como estão se tornando imprescindíveis para o plantel do técnico Pepa. Neste jogo contra o Flamengo, o torcedor sentiu a falta de Willian, com desgaste físico, que deu vaga para Igor Formiga, jogador que não criou um perfil semelhante ao titular.
Foto: Staff Images/Cruzeiro
A verdade é que o Cruzeiro vem surpreendendo acima das expectativas, demonstrando ter um padrão de jogo e um estilo mais alinhado e agressivo. Mesmo diante das melhoras do elenco, o temor fica por conta destas 'dependências' de algumas peças importantes, que mostram como o rendimento acaba caindo em campo com muitas ausências.
Hoje, a Raposa precisa se fortalecer para o decorrer da competição e evitar que novos cortes, seja por lesão, desgaste físico ou outros motivos. Este fortalecimento se passa por uma busca, para que os desfalques sejam supridos de alguma forma, a diretoria precisará explorar peças de reposição ao elenco. A procura para a próxima janela de transferências, poderá ter este foco para a Raposa se 'blindar' em sua trajetória no cenário nacional.
Ronaldo já havia deixado claro anteriormente, como o time observa o mercado conforme as necessidades que vem sendo demonstradas em campo, diante disso, é a hora de se organizar para trazer peças de recomposição que poderão vir a ser necessárias.
Dentro do clube, alguns jogadores poderão auxiliar de alguma forma. Na lateral, o torcedor aguarda pelo retorno de Kaiki, que disputa a Copa do Mundo Sub-20 pelo Brasil. No meio, Fernando Henrique deverá retornar em breve para estrear com a camisa estrelada, podendo ser um forte auxílio como volante. Além de FH, os dirigentes do Cruzeiro poderiam reavaliar, com maior atenção, uma possível reintegração do atacante Edu ao time. Mesmo que a linha de ataque esteja definida, Edu poderá ser um jogador de boa altura para a procura de personagens.
O Cruzeiro vem mostrando as faces de um time competitivo, isso é evidente, mas é hora de pensarmos em reparar as 'arestas' para termos um time cada vez mais forte e bater as metas que esperamos nas quatro linhas.
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