A base salva (e muito) o Cruzeiro!
Foto: Staff Images/Cruzeiro |
Que batalha! Que emoção! A noite de quinta-feira (27) se tornou indescritível para o sentimento de cada torcedor do Cruzeiro. O resultado na Serrinha, que veio literalmente no 'apagar das luzes' diante do Goiás, despertou um sentimento de alívio, uma sensação de dispersar três toneladas de peso das costas, com a equipe saindo da tão temida zona de rebaixamento, e pulando quatro posições na tabela. Mas, o que se viu em Goiânia foi uma das mais claras demonstrações, da razão que o Cruzeirense tinha e cobrava diariamente: a utilização dos jovens da base.
Foi evidente como a opção da comissão técnica em arriscar dois jovens da base, mudou totalmente o cenário da partida. Japa, o meio-campista celeste, deu outra cara para a partida, trazendo mais eficácia para as construções em seu setor. Com ele, Robert, o garoto de 18 anos, norte-mineiro de Pirapora, se consagrou com o gol da vitória, o mais importante desta temporada, e que pode salvar o Cruzeiro do fantasma maldito da Série B.
Além dos meninos da base, é importante darmos méritos para outras peças. Bruno Rodrigues demonstrou, com mais uma assistência, o seu peso para o elenco. João Marcelo, com poucos minutos de partida, estruturou melhor a linha defensiva do que antes. E Fernando Seabra, comandante do sub-20 e 'auxiliar' de Paulo Autuori, foi quem comandou o time na maior parte do tempo e trabalha diariamente para mostrar a importância da base cruzeirense hoje.
A solução demorou de ser vista pelos comandantes da Raposa. Claro, antes tarde do que nunca, mas é necessário que esta filosofia, pela opção aos garotos, seja frequente. Por anos, as categorias de base do time não tiveram grandes aproveitamentos, com jogadores ficando somente no banco, sendo vendidos por 'preço de banana', servindo como peças de trocas ineficazes e trazendo mais desvalorização.
O elenco profissional do Cruzeiro precisa ter, cada dia mais, uma presença maior dos 'crias da Toca'. Só assim, nosso time terá expectativas de evolução. Não adianta desejar ter qualidade e técnica na equipe, insistindo em peças com baixas atuações frequentes (como o caso de Wesley, Machado, Neris, etc.), e não arriscar de verdade para buscar os pontos.
A guerra celeste para permanecer na elite ainda não acabou, ainda há mais três partidas com um cenário muito difícil, principalmente quando duas destas são contra candidatos ao título. Mas, podemos afirmar sem sombra de dúvidas, que tendo a presença destes garotos, a Raposa terá mais vontade, garra e raça para conseguir o objetivo.
A BASE SALVA!!
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