A inexplicável insistência em Fernando Diniz

Fernando Diniz chegou ao Cruzeiro no ano passado, após a saída do técnico Fernando Seabra, por não conseguir dar sequência no bom desempenho do Cruzeiro no Brasileirão e na Copa Sudamericana. Diniz tinha como função conquistar a Copa Sudamericana e classificar a raposa para a Copa Libertadores. Porém, não conseguiu nenhum dos dois objetivos. Terminou a temporada com apenas 3 vitórias em 15 jogos disputados e um dos piores rendimentos de técnicos da história do Cruzeiro. A sua saída chegou a ser cogitada, mas foi mantido no cargo pelo Pedrinho. A fala do treinador era que precisava de peças e tempo, pelo menos de uma pré temporada para aplicar o seu estilo de jogo de forma eficiente.

A diretoria então decidiu dar mais uma chance ao treinador, e a torcida do Cruzeiro, também. Porém, mesmo com a pré temporada, as grandes contratações e os primeiros jogos do ano, já é possível perceber que os atletas não se adaptaram ao estilo de jogo do treinador. Pelo contrário, todos os outros times já aprenderam a ganhar do seu "estilo próprio" até mesmo no campeonato Mineiro, e que as estatísticas mostram que não é eficaz. O baixíssimo número de finalizações ao gol já demonstram isso. Na última partida, o número de finalizações em 90 minutos chegou ao incrível número 0, sendo nas outras o quantitativo de 1 ou 2. É um estilo de jogo que tem como superioridade a posse de bola e a bola na defesa, e nada além disso. Nada mais é do que um reflexo de tudo que vimos no ano passado. Troca as peças mas nada se altera.

Outro grande problema de Diniz é a falta de uso dos atletas em suas respectivas posições ou a falta em si da utilização dos jogadores. A última partida, mesmo com a derrota, sobrou 1 substituição. Quando foram feitas as alterações, novamente o técnico alterou o meio campo, mais especificamente os volantes. No ano passado as substituições aconteciam da mesma forma, a falta de posicionamento fixo dos atletas eram da mesma forma, o estilo de jogo e também as entrevistas. Diniz só está no comando da Raposa por ter peitado a diretoria numa coletiva, que não deveria nem mesmo ter participado, e está aí, reclamando e falando que precisa de tempo, tempo e tempo. Enquanto isso, Dudu segue fora de posicionamento, Bolasie segue fora de posicionamento, outros jogadores nem mesmo atuaram pelo clube. E o planejamento? Ninguém sabe.

O único jogador que entendeu o estilo de jogo do Diniz, foi o Lucas Silva, mas nem mesmo ele atua como titular. Os lances de perigo, são jogadas individuais dos atletas, "quebrando" o estilo Diniz, que não resultou em nenhum momento efetivo, em 19 jogos. Isso é o reflexo das únicas 4 vitórias que o treinador alcançou, todas com o resultado através de méritos da defesa e individualidade de algum atleta.

A temporada pode ser espetacular, mas precisamos de um treinador a nível do Cruzeiro Esporte Clube. Qualquer outro treinador com as estatísticas do Fernando Diniz não se manteriam nem mesmo na série D do Brasileirão, e pelas entrevistas, ele não vai aceitar os próprios resultados e mudar a sua convicção de trabalho. Não tem variação do modo de jogar, e esse foi o motivo que o fez sair do Fluminense, quase rebaixado no ano passado. Está no Cruzeiro por nome, por resultados de uma temporada. Até quando a diretoria vai o manter no cargo? Não só pelas estáticas de vitórias e derrotas, mas com o elenco que tem em mãos, não ter eficácia em números de finalizações ao gol durante os quase 20 jogos a frente da equipe, deveria ser um sinal de alerta. Milhões em contratações que o técnico não busca a eficiência do gol? Futebol é gol... E que a torcida cobre isso.

Fora Diniz!